O ministro da Secretaria
de Aviação Civil Eliseu Padilha (foto)
deve deixar o governo nos próximos dias. A decisão, tomada depois da abertura
do processo de impeachment contra Dilma na última quarta-feira, vinha sendo
amadurecida depois de Padilha reclamar nos bastidores que não conseguia mais
interlocução com o Palácio do Planalto nem destravar a nomeação de Juliano
Noman para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Sem explicações a Padilha,
a indicação de Noman foi retirada pela Casa Civil e a sabatina do atual
secretário de Aeroportos, ligado também ao ex-ministro Moreira Franco, foi
cancelada. Nos últimos dias, Padilha tentou, em vão, destravar a indicação com
os ministros Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Jaques Wagner (Casa
Civil), mas ele não foi recebido pelos dois auxiliares de Dilma. Ambos sequer
retornaram os telefonemas de Padilha.
O episódio, segundo aliados, foi a gota d'água para o pedido de demissão, mas os efeitos políticos da decisão podem ser devastadores. Diante do esgarçamento da crise política no governo, que agora tentará cabalar votos para derrubar em Plenário as chances de a presidente Dilma Rousseff sofrer um processo de impeachment, a saída de Padilha do governo é interpretada como a possibilidade de os aliados mais próximos do vice-presidente Michel Temer tentarem se desvincular da presidente Dilma e articular nos bastidores a destituição da petista.
O episódio, segundo aliados, foi a gota d'água para o pedido de demissão, mas os efeitos políticos da decisão podem ser devastadores. Diante do esgarçamento da crise política no governo, que agora tentará cabalar votos para derrubar em Plenário as chances de a presidente Dilma Rousseff sofrer um processo de impeachment, a saída de Padilha do governo é interpretada como a possibilidade de os aliados mais próximos do vice-presidente Michel Temer tentarem se desvincular da presidente Dilma e articular nos bastidores a destituição da petista.
O impeachment da
presidente levaria Michel Temer ao poder. (Veja
Online)