Ao tomar conhecimento da
decisão de Cunha, a presidente se reuniu com seus ministros mais próximos, como
Jaques Wagner (Casa Civil) e José Eduardo Cardozo (Justiça). Em seu pronunciamento,
ela estava acompanhada por onze ministros, inclusive do PMDB, partido de
Eduardo Cunha.
Dilma tentou solapar a
legitimidade do processo impeachment com o argumento de que Cunha já não tem
condições de presidir a Câmara. Em um ataque direto a Cunha, ela afirmou que
"não possui bens no exterior" e que "nunca coagiu ou tentou
coagir" pessoas. Cunha responde a inquérito no Supremo Tribunal Federal
(STF) por suspeitas de ter contas secretas na Suíça onde teriam sido depositadas
propinas do escândalo do petrolão e foi oficialmente acusado pelo doleiro
Alberto Youssef de ter mandado o coagir na CPI da Petrobras.
Ela afirmou que recebeu
com "indignação" a atitude do deputado. Dilma disse que a tentativa
de deposição não tem fundamento e que o processo que pode levar a seu
afastamento do Palácio do Planalto é uma ofensiva "contra um mandato
democrático conferido a mim pelo povo brasileiro". A presidente reforçou,
assim, o discurso petista, já propalado nas redes sociais do partido, segundo o
qual o impeachment seria um golpe contra a democracia. "Não podemos deixar
conveniências e interesses inconfessáveis abalar a democracia", resumiu.
"[Os argumentos] são inconsistentes. Não existe nenhum ato ilícito
praticado por mim", alegou.
Dilma afirmou ainda que nunca autorizou qualquer tipo de barganha entre representantes do governo e o presidente da Câmara. (Veja Online)
Dilma afirmou ainda que nunca autorizou qualquer tipo de barganha entre representantes do governo e o presidente da Câmara. (Veja Online)
