segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Governo e oposição procuram empresariado sobre impeachment

Impeachment atormenta Dilma e aliados
Defensores do impeachment da presidente Dilma Rousseff, ministros de Estado e líderes da base aliada ao governo federal intensificarão a partir desta segunda-feira a busca por apoio entre o empresariado, considerado fundamental pelos dois lados da disputa em relação ao processo de impedimento da presidente deflagrado na semana passada.

Os primeiros contatos foram feitos na sexta-feira e no fim de semana por emissários do Palácio do Planalto, do PSDB (partido à frente da oposição) e até do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que possui uma rede privilegiada de interlocutores na economia.

Por enquanto, o recado transmitido ao mundo político foi claro: o setor produtivo tem pressa em encontrar uma solução para a crise política. A grande preocupação dos empresários é adentrar 2016 longe de uma definição, o que geraria impactos negativos na economia.

O temor dos empresários é que o processo de impeachment se arraste até a metade do primeiro semestre do ano que vem e comprometa o planejamento e, consequentemente, os resultados do ano como um todo. Para o Planalto, se o empresariado fechar questão a favor do impeachment e transmitir esse recado para o Congresso e para as ruas, a hoje favorável situação de Dilma no Parlamento ficará muito difícil de ser mantida.

O mesmo raciocínio vale para a oposição. De acordo com um senador ouvido pela revista Veja, há entre os empresários a "sensação de que o Brasil está sem governo". Segundo ele, essa percepção ainda é insuficiente para que o setor produtivo se decida pela substituição da presidente, porém, é mais forte do que esteve em outros momentos, quando a tese do impeachment foi colocada com mais força pelos agentes políticos. (Veja Online)